quarta-feira, 28 de abril de 2010

quero acabar com a saudade me consome, tendo em mim o teu gosto nu e proibido



Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector

quinta-feira, 22 de abril de 2010

o passado é fonte de vida e os erros fontes de aprendizado.

que a vida seguiu seu rumo, e que as cicatrizes do passado estão totalmente curadas, pode até ser que não venham a sangrar, mas as marcas nas mãos, nos pés, em todo o corpo e principalmente na alma e coração voltam à tona sempre. Umas, duas, varias vezes durante a vida. É difícil aceitar, mas somos feitos de cada ato, daqueles pensados e feitos acertadamente, daqueles empurrados e dos atos que nos arrependemos.
Não tenha medo de dizer “EU ERREI” saiba que o perdão divino vem com o arrependimento sincero, e que o mais difícil é saber perdoar os próprios erros, por que só quem sente sabe onde e como isso machuca.



Texto lindo!

" O caderno"
"Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno
Eu me recordo do meu
Com ele eu aprendi muita coisa
Foi nele que descobri que a experiência dos erros,
Ela é tão importante quanto à experiência dos acertos
Por que vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam
para nossas vitórias e conquistas futuras.
Por que não à aprendizado na vida que não passe pela experiência
dos erros
Caderno é uma metáfora da vida, quando erros cometidos eram
demais eu me recordo que nossa professora nos sugeria que a
gente virasse a pagina
Era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços
Ao virar a pagina os erros cometidos deixavam de nos incomodar e
a partir deles a gente seguia um pouco mais crescido
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos
Erros podem ser fontes de virtudes
Na vida é a mesma coisa
O erro tem que esta a serviço do aprendizado
Nenhum tem que ser fonte de culpas, de vergonhas.
Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande sem que
seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida
Uma coisa é a gente se arrepender do que fez
Outra coisa é a gente se sentir culpado
Culpas nos paralisam, arrependimentos não.
Eles nos lançam pra frente, nos ajuda a corrigir os erros cometidos.
Tê-los a semelhante a um caderno
Eles nos permite os erros pra que a gente aprenda pra fazer do jeito certo
Você tem errado muito? Não importa aceite de Deus esta nova pagina de
vida que tem nome de hoje Recorde-se das lições do seu primeiro caderno
Quando os erros são demais vire a pagina"

virar a pagina não significa apagar o erro e sim que existe uma chance de começar tudo de novo. com mais sabedoria e força.
siga em frente, uma amostra Grátis disso é a rotação da terra, e que cada dia é um novo dia, uma nova chance de fazer o que se deve ser feito, com a beleza de um novo nascer do sol.

terça-feira, 13 de abril de 2010

porque o amor é mais que um sentimento

Das coisas que a vida me deu o prazer de aprender, a concepção de que o amor é a coisa mais bela da vida e uma das mais trágicas também, é sem duvidas a barreira quebrada que me alegrou e alegra por contemplação divina. Por tempos acreditei ter amado o ser em si, quando na realidade amava o sentimento que a pessoa despertava em mim. Vasculho na memória pessoas que amei, descubro que ainda as amo, por tudo o que elas significaram, pelas lembranças que deixaram pelos mais diversos sorrisos e lagrimas que arrancaram de mim.
Percebi que AMO o sentimento de amar, a sensação boa de estar amando, de se estar apaixonado, de se jogar e saber que tem sempre um abraço pra recebê-lo.
Por que o amor é contemplação de um dia de sol, jogar pipoca ou sujar o outro de brigadeiro...
É toda a poesia que se cria dentro do coração humano, disponível a todos que saibam despertar. E não deixar que venha a adormecer.
É se olhar no espelho e se sentir bela mesmo depois do cabeleireiro ter cortado 15 centímetros, quando na verdade era só 3. Mesmo depois de anos sem namorado e ainda sim se sentir viva e mulher a cada cantada idiota de alguém na rua. O amor é o que cultivamos dentro de nós que nos impulsiona a querer viver mais e mais e para sempre. Com alguém ao lado ou sem niguém.



Porque o amor é mais que um sentimento,
 é a essência humana

domingo, 11 de abril de 2010

e ele me beijou como se não fosse a primeira vez, e sim a ultima, demorado e com uma ternura de quem já se amou um dia.

Estava tão cansada, esperei o ônibus por muito tempo, e ainda nem passou, peguei outro qualquer, talvez 323, sei que chegava perto de casa. De tantas voltas que deu, fiquei ainda mais cansada, com sono, exausta, o ônibus pareou no terminal, levantei-me num súbito, voltei a sentar quando vi que ainda não era minha parada. Olhei o lado de fora mais uma vez, quando me deparei com seus olhos pretos, e sustentei o olhar, ele rio um sorriso puro, leve e instigante.
Quando finalmente cheguei ao ponto final estava ainda mais cansada, mais tonta de sono, e percebi que ele havia pegado o mesmo ônibus que eu, que havia sentado na cadeira atrás de mim. Desci e sentei num banco tão frio quanto aquela noite, havia de esperar ainda mais por outro ônibus. Ele andava de um lado a outro como se esperasse alguém, ou como quem tentar criar um fôlego de coragem, sentou-se ao meu lado, puxou um assunto qualquer, disse que eu me parecia muito com uma amiga, e rio, o sorriso mais lindo que já, daqueles leves, daqueles sorrisos que só uma pessoa feliz sabe dar. Conversamos por um pouco mais de meia hora, e já sabia muito da sua vida, já estava fascinada pelo seu sorriso, já queria mais do seu toque, não apenas um pegar nas mãos...

entre o meu eu

Assim vou levando a vida
Em notas cítricas
De vez em vez
Mês a mês
Mudando um pouco de opção
Desculpe se já não lhe pareço tão santa
É que toda minha castidade foi-se pelo ralo
Com um rato porco e imundo
Depois de uns goles, cheguei num porre
E me arrasei de vez

quinta-feira, 8 de abril de 2010

no caminho eu e você

Quando parei nos seus olhos
e vi aquelas luz cinza,
quase branca,
quase dissipada de toda vida,
me vi ali refletida em cada lugar vazio percorrido pela tua retina,
meus passos seguiam a sua frente.
Poderíamos ter sido felizes,
cada um a sua maneira,
cada um ao seu lugar.
Mas o destino pregou peças,
a quem nos interessa colocou no peito o desprezo
e no nosso um caminho de dor.
hoje rasgo as vestes sujas do passado,
 visto a alva,
 pura e branca túnica do amanhecer,
pronta pra cada cor de tinta,
pinceladas vermelhas como cerejas maduras,
 Azuis como a alma de um bebê,
ocelo de cores variadas como a vida,
uma a uma fazendo deste encontro tristemente traçado um caminho de felicidade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

quando já não adianta mais.


Cansei de esperar o amor
Ele sempre chega fora da hora marcada
Sempre quando estou cansada
Descabelada, descalça e indo pra casa