domingo, 30 de maio de 2010

E como a lua estava linda ontem...



Era simplesmente perfeito,aquele momento, a lua, daquelas que aparecem em filme nas declarações de amor, sentia o vento batendo no meu rosto, a água de encontro as muretas, abraçada com ele. Fechei os olhos e até pude sentir o frescor do vento no meu corpo, movendo minha saia azul e meus cabelos, pude naquela hora sentir o doce e profundo gosto dos seus beijos.
Sua voz ao meu ouvido dizendo palavras doces, mesmo que eu tenha a impressão de já ter ouvido aquilo em alguma letra de musica, era a coisa mais linda que alguém poderia me dizer naquele momento...
Fechei os olhos com toda a minha força para que aquela momento  não escapasse da mente, mas como mágica tudo "ficou vazio" e como senti vontade de estar na Estação das Docas, de olhar a lua ao seu lado, num lugar que eu conhecia bem e que alimentava minhas sensações mais intimas.
Abri os olhos lentamente...
Foi quando olhei ainda pela janela do ônibus enquanto voltava do centro da cidade, meus olhos brilharam, de um salto no banco e me curvei para ver ainda melhor.
A lua na sua infinita graça e beleza, iluminando as noites dos enamorados, iluminando minha noite apaixonada por uma lembrança, por um sonho, por alguém que ainda nem sei se é real, mas que faz parte dos meus dias, que move a roda da minha vida com tamanha intensidade, que faz meu coração pulsa livre por saber que um dia hei de encontrá-lo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nua de você.

Eu não peço sua ajuda, não peço suas mãos frias pra me ajudar a levantar
Eu sei andar, por mais que eu me perca entre os carros
E corra sem direção...
Eu sei pra onde estou indo
Não preciso da sua companhia estranha
Nem da sua voz rouca
Eu me viro melhor sozinha
Porque assim eu posso roer os ossos dos meus traumas sem culpa
Posso sentar no meio fio das minhas ilusões e chorar pelas vezes que te dei o meu amor
Assim me graça
Assim sem medo
Mas agora eu prefiro seguir
Profiro tirar minhas roupas sujas pelo suor do teu corpo
E seguir meu caminho Nua.
Mesmo que assim
Eu venha a revelar as manchas
As cicatrizes
Os defeitos que carrego marcado no corpo
Prefiro me despir de toda mentira que fomos
A andar sem as roupas velhas de um pierrot
Sujas e maltrapilhas...
Prefiro morrer numa valeta de desilusões
Á sonhar com o amor que não volta.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A verdade é que eu me sinto só....

A verdade é que eu me sinto só.
As coisas ultimamente acontecem através de uma tela:
Hoje os meus amigos são distantes,
 Meus namorados distantes,
 To quase perdendo a percepção do toque,
 Das palavras ditas e ouvidas,
 Conheço somente as escritas e lidas,
Tudo é uma ficção na minha vida que hoje já não é real.
É como se eu tivesse me tornado personagem da minha própria historia,
Eu me invento em cada conversa no MSN, crio novas camila’s para as fotos do Orkut
Respondo coisas que nunca faria no formispring, e a vida segue um caminho de Alice.
Estou tonta...
Quero vomitar essa pessoa em que estou me tornando
Quero parir a menina que um dia fui
 E transformá-la em mulher no seu conto de fadas
A verdade é que eu me sinto só
 Mesmo com esse sorriso no rosto
Não se engane, não é natural
 Faz parte da minha make diária
 É como a sombra, pó, rimel e blush...
O sorriso é assim, pintado a pincel por mãos de quem sofre
De um artista a beira da morte
 A beira da falência emocional
Sinto-me como as obras de Aleijadinho
Linda... Mas oca por dentro
Com os olhos tristes
E sem vida...
Por mais que para muitos ao contemplar tais imagens dizem ser a mais cheia de vida de todas.
Desconhecem sua alma, vazia, sombria... Doente!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Parabéns para mim...

O que esperar de hoje?
Sinceramente?
Nada!
Mas as surpresas sempre chegam...
Seja numa mensagem, uma ligação, uma pessoa esperando dar meia noite para ser a primeira a dar os parabéns!
Mas eu esperei, desde muito antes de hoje...
Idealizei cada segundo, cada pessoa que estaria ao meu lado, todas as palavras de agradecimento...
Mas o fato que ainda esta começando e eu já tive surpresas boas! 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O amor...

"...O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome."







"...O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."



Trecho da obra "os três mal amados" de João Cabral de Melo Neto.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

o que sou!

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Escondo-me do mundo
Pois eles sentem medo de quem fala só
Escondo-me do mundo
Pois eles tem medo de quem chora e ri assim
Escondo-me do mundo
Porque sou tão fraca?
Escondo-me do mundo
porque tenho medo
Quantas vezes fui fraca e me tranquei no quarto escuro
sozinha e com medo?
quantas vezes me deixei levar por palavras 
como aquelas...
como aquelas...

domingo, 16 de maio de 2010

alegria de um bom dia!

"O riso pode ser um trago num cigarro
Ou um gole de cachaça
Uma palavra
Um gesto
Uma piada
Um riso pode ser a menina feia do seu prédio
Ou se olhar no espelho de súbito e tédio."
O riso pode ser qualquer coisa
Uma coisa qualquer que te faça feliz
Hoje o riso pra mim tem outros significados
outras traduções
brota de outros sorrisos
de amigos
de familia 
de amor
do amor que carrego e cultivo todos os dias
da familia que me carrega e rega todas as manhãs
do amigo abrigo que quero bem
a alegrias se encontra em coisas bem mais simples
em olhar dentro de mim e saber-me viva
não viva por ter o coração batendo no peito
mas viva por querer que o amanhã chegue
por sonhar,construir planos...
realizar!
por acordar todas as manhãs e gritar 
Bom Dia Sol!
Bom Dia Dia!
Bom Dia Alegria Alegria...


quarta-feira, 12 de maio de 2010

“colores del amor"


Muito se falo sobre as cores do amor
Pergunto quais suas cores
O amor é de toda a cor:
Da cor dos olhos de quem amamos
Vermelho como uma rosa
Púrpura talvez.
O amor é um arco-íris.
quando o conheci pude saber a cor do Amor.
O amor é de toda cor.
Pude ver em sua alma.
Com sua ausência o amor empalideceu
Branco como a neve gelada
Que reflete meu coração e alma
Despedaçada.
Branco por que reuni em si tudo o que fui a ti
Todas as cores juntas
Torna-se apenas uma cor
Branco ...
Cor da solidão
Reflexo do amor.

terça-feira, 11 de maio de 2010

nada

Desculpe se por você não conservo nenhum tipo de sentimento.
É que meu coração congelou no ultimo inverno
Petrificou cada veia, cada canto quente do peito já não mais existe.
Até as lagrimas tristes, deixaram de ser,
Em mim não existe nenhuma forma de calor.
Não pense que gosto de me ver assim
Tenha certeza, isso dói mais em mim.
Antes tudo era motivo pra rir.
A flor que desabrochava quieta
Como o amor que nutria por você
O sol sempre brilhante
Como meus olhos quando te viam.
Mas esse tempo passou
Deu lugar a outra estação.
Agora estou oca, vazia por dentro.
Sem dor, sem alegrias, sem sentimento.

sábado, 8 de maio de 2010

Cada com mais frequência a saudade bate na porta do meu coração

Ela não bate! Ela derruba, coloca no chão...
Sempre que eu vejo alguma senhora de cabelos brancos
Quando me lembro de como ela me chamava
Talvez seja porque o dia das mães esteja chegando
 E este é o primeiro que vou passar sem ela
Sempre que alguém fala de morte, doença ou hospital
Eu me lembro,
E como eu me lembro de cada imagem
Desde o primeiro até o ultimo dia naquele lugar
Eu não queria guardar essas imagens
Minha vontade era reter somente nossos bons momentos
Mas não consigo, me vem na cabeça o barulho da ambulância, a espera,
O medico dando a noticia e a enfermeira cortando suas roupas, e sua aliança.
Os dias foram se passando, noticias da intubação, infecção e das chances que teria.
Seu estado se agravando cada vez mais, pessoas morrendo, sentia um desanimo, uma dor, mas não era ela quem estava partindo, e com cada pessoa que se recuperava vinha também um animo, mas não era ela quem estava recebendo alta.
Era uma rotina cansativa sim, mas eu precisava ser forte, eu tinha que ser forte.
Quando meu avó chegou em casa tão cabisbaixo, tão triste eu sabia que ela não teria mais tanto tempo, eu queria , mas do que isso, eu tinha que me despedir.
Estava mais pálida, mas sem vida do que nos outros dias, seus lábios roxo, como todas as vezes falei que a amava e mesmo sabendo que no fundo ela queria dizer que também me amava que queria ouvir um ultimo “EU TE AMO”.
Segurei suas mãos, rezei, orei, cantei, fiz carinho na sua face, beijei, chorei...
Os aparelhos começaram a fazer alguns barulhos diferentes.
Aumenta a dose de adrenalina disse o medico, já me tirando da sala, sabia que seu coração havia parado, e que aquela era a última vez que via minha avó com um resto de vida, com vida!
Mesmo sabendo que ela iria dizer, esperei ouvir o oposto, fantasiei ouvir que o quadro clinico havia melhorado e que iria ficar tudo bem, mas não, a noticia foi real, e a mais dura também .
O choque, A noticia, Dar a noticia, Voltar pra casa, Velório, Caixão, Corpo.
Voltar ao hospital pra retirada do corpo foi o momento mais desumano, mais cruel, mais traumático da minha vida.
Aquela sala fria, com uma maca no centro, e um “embrulho” em cima, coberto apenas por um plástico zipado branco, sozinha, nem sequer um enfermeiro, um porteiro, nada.
E por mais que aquilo fosse normal em um hospital, aquilo nunca seria normal pra mim, não qualquer coisa que se joga fora, é um familiar, era meu familiar, era minha avó que estava ali, sem vida concordo, mas ainda assim a minha avó, ninguém tem o direito e descartar uma “vida” como se descarta uma latinha no lixo.
Fiquei com ódio daquele hospital, ódio daquela assistente social que não teve a humanidade de me acompanhar naquele momento, me mandou apenas assinar aquela droga de documento amarelo que liberava o corpo pro enterro, acompanhado de um sinto muito falso e mecânico.
E como eu queria que isso tudo não fosse real, que isso não tivesse acontecido comigo, pode ser egoísmo, mas que tivesse acontecido com qualquer um, menos comigo.
Por fora eu estava normal, aparentemente normal, mas por dentro um vazio daqueles que nunca senti, e que espero não sentir outra vez.
Sei que a morte é natural, a única certeza que temos desde a hora do nascimento, não se sabe quando, onde ou como, só sabemos que vai acontecer um dia.
Mas quando esse dia chega é surreal, diferente de tudo o que já imaginou um dia. Passei dois meses “me preparando” mas na hora é diferente.
E como eu queria dizer que a Amo e que sinto falta dela, que tenho saudade de sentar em seu colo e sentir que vou ser pra sempre sua netinha querida, queria pedir um beijo, um abraço.
Não sei onde estais agora
Mas eu te amo pra sempre vozinha.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

fechando a janela, apagando as luzes por causa do medo....

Logo atardinha quando esta escurecendo eu fecho a janela antes que fique totalmente breu lá fora
E sempre acendo a luz antes de entrar no quarto
Com as luzes acesas olho dentro do guarda roupas...
(por que os monstros vivem lá dentro)
 E olho também debaixo da cama
(porque o monstro sempre dorme lá)
Depois de verificar cada canto
Apago as luzes e me jogo na cama
Bem no meio, encolhida e sob o edredom
Já que os braços dele são cumpridos
E pode me arrastar pra junto dele
Debaixo da cama, escuro e frio.
Mas de manhã quando acordo
Estou na beira da cama
Esticada sem edredom
Com os dedos tocando o chão....


São assim todos os dias, criamos monstros, fazemos “rituais”, ficamos impressionados
Mas quando acordamos pra vida, percebemos o quando nos encolhemos com medo.
Medo do fracasso, dos sentimentos, das palavras, medo das ações, medo do
Amor, quantas e tantas vezes temi o amor? Tudo bem, não o sentimento, mas de onde vinha o sentimento, me indaguei sobre a sinceridade, sobre as condições.
Quando percebi que o monstro não perde nada, não ganha nada, mas eu?
Ah! eu deixei de viver tantas coisas pelo medo de tentar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

E tudo o que eu quero é que passe bem devagar

Desde que te conheci aprendi a olhar no espelho e me sentir mais bela, pela simples lembrança de você me observando tímido e com um leve sorriso no canto da boca, e eu parada meio envergonhada, meio hipnotizada, meio sei lá.
Sei que guardei a sua imagem na memória como um tesouro, um comprimido de animo cada vez que a maquiagem não “caísse” bem. O seu olhar era tão puro, e sua voz numa delicadeza sem tamanho dizendo “nada não, estava olhando como seus olhos ficam lindos com a luz do sol, e como sua boca é perfeita para seu rosto, e como eu quero te olhar assim pra sempre”
Ah se o tempo parasse naquele exato momento e realmente ficássemos assim os dois, um fitando o outro com paixão, com ternura, com amor e para sempre. Por toda a eternidade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

e ainda tenho medo

Sinto uma dor quase palpável no peito,
É daquelas dores agudas e crônicas
Sabe o que é acordar e dormir sentindo a mesma dor
Em cada pensamento.
Cada vez que:
Lembro do seu rosto, dos seus olhos , da sua voz?
Não sabe!
Quantas vezes neguei os meus sentimentos pra todos em minha volta, mas única pessoa a quem eu sempre quis e nunca consegui negar foi a mim mesma.
Como negar que sinto medo de te perder, de olhar ao meu redor e ter não te encontrar, e não saber que estais bem em algum lugar do mundo?
Mesmo que eu não tenha sua presença sempre, sei que no fim do mês vou receber sua ligação, ou um cartão postal dando noticias suas.
Fora o amor tenho medo de mim mesma, das minhas atitudes precipitadas, das palavras impensadas, de tanta coisa que posso fazer contra mim.
E ainda assim convivo com meus medos, minhas vontades, minhas neuras e minhas prisões por esse tempo todo.
E ainda tenho uma vida inteira pra isso!
Por que o medo não te exime de errar?

sábado, 1 de maio de 2010

quem ama, ama o amor

Desde criança olho a lua com um encantamento profundo, Logo passei a sonhar que toda vez que olhasse pra lua e perguntasse ao infinito “onde está o meu amor?”, alguém em algum lugar do planeta também estaria a fazer a mesma pergunta,seja por sintonia, destino, força do pensamento ou por que a força do amor é tão forte que todo o universo conspira para que até em pensamentos esses corações venham a se unir.
Quando nas noites tua imagem me vem à mente sem nunca ter visto o teu rosto e me pergunto o porquê de ainda não ter te encontrado?
Ou será que passas diante dos meus olhos e eu cega não reconheço o teu olhar?
Será que o amor que te tenho é apenas uma utopia guardada no peito?
Ou são previsões de um tempo que ainda virá?
Sendo amor não importa, quem ama, Ama o amor, a pessoa é apenas a fonte!



seja fonte do meu amor?