quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
“Sou tão misteriosa que não me entendo.”
“Sou tão misteriosa que não me entendo.”
Não essa não sou eu...
Clarice lispector essa sim é a autora dessa frase.
quisera eu ser tão misteriosa, tanto no escrever quanto no ser, como ela foi, é e será eternamente atráves do seu legado.
Agora falando de mim.
das coisas que me cercam e que me fazem querer voltar no tempo e no espaço.
pensando nas diversas atitudes que no meu intimo, nem tão intimo assim, insisto em condenar-me. mas quero fazer mais e mais vezes, mesmo sabendo que quando colocar a cabeça no travesseiro vou chorar até que meus olhos inchem, minha face fique vermelha, e todo o meu corpo comece a tremer.
ajo por impulso e me arrependo por isso quase sempre. mas é tão natural pra mim fazer as coisas e me arrepender e tornar a fazer tudo praticamente da mesma forma que antes.
creio que nunca serei madura, o ar infantil é o que carrego comigo de mais eu que tenho.
não me vejo naquelas roupas de mulher adulta, muito menos naquelas de dançarina de funk.nunca me vi como uma mulher, talvez eu seja sempre uma "menina-mulher" pois me sinto a mesma garotinha de 10 que deu o seu primeiro beijo e chorou anoite inteira.. com um pouco mais de experiência, de traumas, de alegrias, e de decepções... já me decepcionei comigo, com as pessoas, com os romances... mas isso é a vida, talvez eu não seria quem sou se não tivesse passado por tudo o que passei. o que foi bom e o que foi mal.
perdida e sozinha...sozinha no canto da casa ouvindo musicas que me fazem chorar porque quero chorar.
andando sem rumo, caminhando pra passar o tempo ou pra esperar o tempo passar.
rindo das minha lembranças,dando gargalhadas de fatos antes me fizeram chorar.
e do que escrevi gosto daquelas de quando eu estava infeliz ou tão puramente doida que nem tinha noção do que meus dedos colocavam no papel.
escrevendo... coisas, bobagens, intimidade, que de tão intimo ser, nunca tive a coragem real de viver, ou modificando o que vivi por não ter a coragem de colocar no papel.(covarde)
talvez eu não seja tão misteriosa
mas com toda a certeza eu não me entendo.
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