quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
medo
Alguma coisa nele me chama a atenção
Não afirmo que sejam suas palavras
Ou sua forma de andar
Nem mesmo como segura minhas mãos
Talvez o medo pecaminoso que cause seu olhar
Ou como toca minhas pernas timidamente.
Lembro de quando nos conhecemos ainda crianças.
Sentados um ao lado do outro por 20 min.
Escutava algum rock e eu kid abelha.
Desajeitado deixou cair seus cadernos e eu nem vi,
Depois ele me falou que foi proposital
Queria que eu olhasse para ele
Mas estava tão pensativa em como seria o seu beijo que nem abri os olhos
Ele se despediu e eu não entendi.
Dez anos mais tarde ou mais cedo como queira você.
Reconheci seus trejeitos engraçados
Perguntei coisas tentando ter alguma certeza
Mas era ele sim...
Depois de alguns encontros
Estávamos-nos
Desajeitados, esperando um anjo
Santo, cupido, qualquer coisa assim
Um empurrão apenas.
Não cabia meu coração dentro do peito.
Ansiosa por desvendar o olhar
O tal do medo pecaminoso.
E nessa ânsia de ter
Que me dei...
Deixei cair o vestido do corpo
E medo da alma
Nossos olhares cruzavam num cio
Nossas respirações ofegantes
Cedida ao prazer
Suas mãos agarraram minha cintura
Nossos lábios se tocaram leve
Num salto seu corpo distante ficou
E eu ali, parada, despida das roupas
E da coragem de me recompor
Apenas olhei em seus olhos
Sem entender.
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